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CHUVAS EM SANTA CATARINA


Data de publicação: 3 de dezembro de 2008

Depois de três meses de chuva, enchentes e deslizamentos, o cenário é o seguinte: 117 mortos, 36 desaparecidos e 70 mil pessoas fora de casa. É na realidade desses desabrigados (e daqueles que estão em casas de parentes e amigos) que estão atuando as assistentes sociais.

Movidas pela vontade de contribuir, elas agem de acordo com o Código de Ética, que em seu Art. 3º prevê como dever do assistente social "participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública".

Mas em alguns lugares a situação é ainda mais difícil porque o número de profissionais é reduzido. Nos municípios de Ilhota e Luís Alves, a cerca de 40 km de Blumenau, existe apenas uma assistente social.

(Leia a matéria A tragédia revela atuação exemplar de assistente social)

A presidente do CRESS-SC, Mirian Martins, lamenta não ter mais gente pra ajudar. "Estou negociando encaminhar outros profissionais do estado para essas cidades, mas muitos são até vítimas das enchentes."

Mais recursos para assistência social

Mirian Martins se reuniu com representantes da Proteção Social Básica do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Secretaria da Assistência Social de Santa Catarina e entidades sociais, no dia dois de dezembro.

O grupo elaborou um plano de ação para as áreas de habitação, saúde e assistência social, que seria entregue em mãos ao Ministro Patrus Ananias, durante sua visita ao estado no dia três de dezembro.

O documento também reivindica a inclusão da assistência social na Medida Provisória que libera recursos emergenciais para Santa Catarina (a maioria para obras), e solicita revisão das linhas de crédito oferecidas pela Caixa Econômica, que não são viáveis para todos.

Projetos para longo prazo

Mirian visitou algumas das 5 mil pessoas que estão nos 56 abrigos em Blumenau. Diz que é preciso planejar moradias porque as escolas e igrejas não poderão ser ocupadas por muito tempo. Além disso, muitos dos desalojados não voltarão mais para casa.

Na primeira fase da tragédia, durante a urgência, assistentes sociais organizaram abrigos e distribuição de roupas e alimentos. Nos lugares mais críticos, foram pelo menos oito dias sem água para banho, sem energia elétrica, com famílias em pânico por causa de parentes desaparecidos e a perda das casas e objetos.

As providências chegaram rápido. Já não falta alimento. Todos os municípios são atendidos. Mas a higiene pessoal nem sempre é adequada, não chegam roupas íntimas ou produtos para os bebês, por exemplo.

Assistentes sociais agora trabalham em projetos para médio e longo prazo nos abrigos. A previsão é que seja necessário mais ou menos um ano para que a vida volte ao normal.

Leia a matéria A tragédia revela atuação exemplar de assistente social

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