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Começa o 40º Encontro Nacional CFESS-CRESS


Data de publicação: 9 de setembro de 2011



Arte do 40º Encontro Nacional CFESS-CRESS (Welington Rodrigues/CRESS-DF)

Na perspectiva de avaliação histórica e de projeção de novos desafios, teve inicio em Brasília (DF), nesta quinta-feira, 8 de setembro, o 40º Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS. O tema de 2011 é 40 anos de Encontros construindo a história do Serviço Social. Com 270 participantes de todos os CRESS e Seccionais do pais, além de conselheiros/as do CFESS, convidados/as e observadores/as, o evento será realizado até domingo.

Sob organização do CFESS e do CRESS-DF, o Encontro Nacional ocorre anualmente e visa a discussão e a aprovação de deliberações sobre os rumos da profissão e as estratégias de luta e de ação do conjunto.

Após a leitura e aprovação do regimento interno do evento, a estudante de Serviço Social e Coordenadora Nacional de Formação Profissional da Enesso, Rayara Fernandes, recém-empossada na entidade, afirmou que um dos projetos de sua gestão é fortalecer os laços entre as entidades representativas da categoria. "É tempo de avançar com quem vai no mesmo rumo da emancipação humana. Para nós, é um desafio estar aqui, em nossa primeira gestão da Enesso", disse.

Em seguida, a presidente da Abepss, Claudia Mônica dos Santos saudou os participantes, expressando a satisfação em participar de um momento importante de reflexão e construção de estratégias de ação, pela primeira vez desde que assumiu o comando da Associação. "A construção das direções e ações de nossa categoria envolve a formação e o exercício profissional. Parafraseando Milton Nascimento e Fernando Brant, são dois lados da mesma viagem; daí a importância da participação da Abepss nesse Encontro", concluiu.


Mesa de abertura do 40º Encontro Nacional CFESS-CRESS (foto: Rafael Werkema)

Logo após, a palavra foi dada à presidente do CRESS-DF, Cilene Braga, que desejou a todos/as 4 dias proveitosos de debates e análises. "Nossa perspectiva é de fortalecer a luta por tantos direitos, como o ensino de qualidade em Serviço Social, a implementação das 30 horas sem redução salarial,  as estratégias de mobilização da categoria e tantas outras frentes em que atuamos e defendemos", observou.

Última a falar, a presidente do CFESS, Sâmya Ramos, se alegrou ao cumprimentar os/as delegados/as, convidados/as e observadores/as, no primeiro Encontro Nacional da Gestão do CFESS Tempo de Luta e Resistência. "Herdamos um projeto coletivo e temos o desafio de continuar a materializá-lo e fortalecer nossas lutas, para continuarmos efetivamente colocando em prática os princípios de nosso projeto ético-politico, diante da barbárie capitalista imposta nos dias de hoje", analisou.

Depois de sua fala, Sâmya Ramos convidou o público a assistir ao vídeo produzido pelo CFESS, com um histórico das principais deliberações e discussões desde o 1º Encontro Nacional (Cique para vê-lo). A seguir, a presidente do CFESS procedeu à chamada das delegações.


Plenária de abertura lotada com 270 participantes (foto: Rafael Werkema)

Conferência de abertura
Em aplaudida exposição, a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ana Elisabete Mota, palestrou na Conferência de abertura Conjuntura e Serviço Social: desafios para o fortalecimento do Projeto ético-político profissional.

A professora ressaltou a atuação do CFESS e da Abepss ao longo dos anos. "O projeto dessa categoria é levado adiante, antes de mais nada, pela capacidade organizativa dos/as assistentes sociais. No entanto, também devemos ao CFESS e à Abepss a capacidade de direcionamento que tiveram, ao longo dos anos, de dar o caminho de luta e resistência frente à formação e ao exercício profissional, com base nos mecanismos legais da profissão, como o código de ética, a lei de regulamentação, as resoluções e, no plano mais geral, à consolidação de uma postura tecida no espectro da esquerda, com militância, teoria e política", explicou.

Destacando a importância do que chamou de "radicalidade democrática", como estratégia de enfrentamento da barbárie da lógica capitalista, a professora lembrou que ainda há vários desafios. "Com a crise do capital, vivemos um processo de financeirização, que desde 94, com as ideias neoliberais, se instalou no Brasil e no mundo. Isso nos traz desafios: precisamos redefinir, refazer, reinventar as formas de fazer política de massa, no sentido de fortalecer movimentos sociais, nossos maiores parceiros na luta por direitos", apontou.


Professora Ana Elisabete Mota palestra na Plenária de abertura (foto: Rafael Werkema)

Além desse desafio, Ana Elisabete Mota ressaltou a importância de se identificar novas estratégias de organização política, de luta e de enfrentamento da crise do capital. "A necessidade é de preservar a capacidade político-organizativa, sem a qual não conseguimos fazer política e fortalecer nossas lutas, dentro dos valores de nosso projeto", observou.

Por fim, a professora destacou o desafio central para a questão da precarização da formação. "Urge construirmos conhecimento sobre a realidade brasileira, é preciso captar o que está acontecendo no Brasil. A formação que desejamos e pela qual lutamos é fundamental para que tenhamos capacidade intelectual de intervir nos rumos desse pais", finalizou.

Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Gestão Tempo de Luta e Resistência – 2011/2014
Comissão de Comunicação

Diogo Adjuto - JP/DF 7823
Assessoria de Comunicação
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