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CFESS e CNTSS se reúnem com Ministério da Previdência


Data de publicação: 3 de fevereiro de 2010


 
A conselheira do CFESS, Marinete Cordeiro (à direita),
relata os problemas enfrentados pela categoria no INSS

A luta do Conjunto CFESS/CRESS pela defesa do trabalho do/a assistente social do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) com autonomia profissional e com a garantia das condições técnicas e éticas ganhou mais um capítulo na última terça-feira, 2 de fevereiro de 2010. Dessa vez o CFESS se reuniu com o Ministério da Previdência Social, representado pelo Secretário Executivo Carlos Eduardo Gabas, e com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), representado pela presidente Maria Aparecida do Amaral Godoi e os/as integrantes Leonina Schiavo, Miraci Mendes Silva Astun e José Cláudio Barreto, para discutir sobre as questões e problemas enfrentados pelos/as assistentes sociais do INSS.


Logo no início da reunião, a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti, apresentou um documento elaborado exclusivamente para o Ministério abordando quatro pontos que devem ser analisados com caráter de urgência pelo órgão: a exigência de gestores do INSS de que os/as assistentes sociais executem ações estranhas às previstas na lei que regulamenta a profissão e no edital do concurso, com destaque para a habilitação de benefícios; a fragilidade das condições técnicas e éticas de trabalho; demora na publicação de ato normativo sobre as atribuições e competências do assistente social no INSS; quantitativo de profissionais não suficientes face à não nomeação de mais 50% das/os candidatadas/os aprovadas/os no concurso.


Ivanete cobrou agilidade na tramitação do processo 04500.006030/2007-24, que define as atribuições dos/as assistentes sociais no INSS, e a contratação imediata de 450 profissionais para o Instituto.
A conselheira do CFESS e assistente social do INSS, Marinete Cordeiro Moreira, e a convidada do CFESS para a reunião, Maria do Socorro Cabral, fizeram questão de reiterar os problemas enfrentados pela categoria no INSS. "É inadmissível a forma como vem sendo tratados/as os/as assistentes sociais por alguns gestores do INSS. Eles/as estão vivenciando situações de assédio moral, desrespeito à profissão, ameaças etc", afirmou Marinete.


Ela também entregou ao Secretário um documento elaborado por assistentes sociais do INSS da Bahia e de Sergipe que dá subsídio aos/as profissionais de Serviço Social no Instituto. O material, que havia sido enviado ao CFESS em janeiro, aponta alguns argumentos que fundamentam a postura de assistentes sociais que têm se recusado a realizar tarefas meramente administrativas, como a habilitação e a concessão de benefícios, tendo em vista que estes trabalhos não são de competência do Serviço Social.  "A pressão dos gestores na realização de ações de outras áreas acaba inviabilizando a ampliação da atuação profissional em ações e projetos que realmente competem ao assistente social e que a população usuária tem o direito de usufruir na sua relação com a Previdência Social", completou Marinete.


Ministério promete ações
Após receber os documentos do CFESS e dos profissionais da Bahia e Sergipe (posteriormente protocolados), o Código de Ética do/a Assistente Social e a Resolução 493/2006, que define as condições éticas e técnicas para o exercício profissional, o Secretário Executivo do Ministério da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, prometeu ações para tentar atender a demanda da categoria.


Ele afirmou que fará reunião com gestores do INSS em âmbito nacional para discutir as questões relacionadas às atribuições dos/as assistentes sociais no INSS, juntamente com a CNTSS e o CFESS. Além disso, visando acelerar a tramitação do processo 04500.006030/2007-24 e a contratação de 450 profissionais de Serviço Social para o INSS, Gabas agendará encontro com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Após a reunião, foi sinalizada uma próxima conversa, até o fim de fevereiro, para verificar o andamento das reivindicações feitas pelo CFESS.


"O/a assistente social desenvolve suas ações com respaldo no artigo 88 da Lei 8.213/1991 e no Decreto 6.214/2007, considerando as atribuições da lei que regulamenta a profissão e as diretrizes do nosso Código de Ética. Por isso, deve ter condições técnicas e éticas de estruturar seu trabalho profissional de forma qualificada, por meio de projetos de intervenção priorizados pela área técnica, com destaque para atuação junto ao Beneficio Assistencial, Saúde do Trabalhador e Trabalhador Rural. Nossas ações são voltadas para a socialização das informações previdenciárias, o fortalecimento do coletivo e a assessoria. Por isso, reafirmamos: deixem o/a assistente social trabalhar, respeitando e apoiando as suas ações, e com certeza todos/as sairão vitoriosos: usuários, gestores e INSS", finalizou Marinete.

 
Gabas prometeu ações imediatas para as questões

Veja o documento elaborado pelo CFESS e protocolado no Ministério de Previdência Social

Veja o material elaborado por assistentes sociais do INSS da Bahia e de Sergipe

Conselho Federal de Serviço Social – CFESS
Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta – 2008/2011
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