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Projeto Ético-Político


Data de publicação: 10 de dezembro de 2008


Um tema que atravessou a maioria dos debates durante o Seminário Nacional de Serviço Social na Saúde, entre 8 e 10 de junho em Olinda, foi o da materialização dos princípios do Projeto Ético-Político Profissional (PEP).

 

A professora da UERJ Ana Vasconcelos disse que "a sociedade nos forma nos moldes capitalistas. Por isso as pessoas precisam ser revolucionadas a partir de princípios revolucionários."

 

 

Quando os princípios do PEP não chegam de fato a modificar profissionais de serviço social, tais assistentes sociais "até defendem o projeto politicamente, mas a prática continua conservadora".

 

Ana Vasconcelos citou exemplos como o do Banco Mundial: "Essas pessoas também falam de combate à desigualdade, liberdade e justiça social. Mas abandonaram a África em suas guerras civis e defenderam as invasões preventivas lideradas por George W. Bush."

 

Segundo Ana, não se deve simplesmente reproduzir o discurso dos princípios: "É preciso tomar o PEP como uma referência consciente para a prática."

 

A professora incentivou a categoria a ir aos espaços ocupados pela população e transformá-los em espaços de mobilização. "É preciso, por exemplo, discutir a ameaça das Fundações de Direito Privado nas salas de espera, com os usuários."

 

Princípios do PEP X imobilismo

Maurílio de Matos, também professor da UERJ, já havia falado da necessidade de usar os princípios do PEP para direcionar o exercício profissional, durante o debate sobre os dilemas do cotidiano de assistentes sociais que envolvem ética e bioética em saúde.

 

 

Maurílio disse que muitos estudantes e profissionais procuram por ele, sem saber como implantar os princípios no trabalho. "Vivemos em uma sociedade com propensão à alienação. E o discurso de que o PEP é muito bonito, mas impossível de ser implantado reproduz a ideologia de que vivemos em um mundo onde o destino está dado e não há alternativas."

 

O professor diz que isso não é verdade, e uma postura mais crítica diante do mundo, com atitudes mais coerentes entre a ética que se defende e a que se reproduz em todas as instâncias da vida cotidiana, poderia levar à superação dos desafios que o trabalho impõe à implantação dos princípios.

 

"Fica ainda mais difícil quando nas pequenas atitudes de sociabilidade eu vou contra os princípios que defendo: como não respeitar assentos preferenciais dentro de um ônibus, ou explorar a empregada doméstica na relação de trabalho dentro da própria casa."

 

Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta - 2008-2011
Comissão de Comunicação
Bruno Costa e Silva - Assessor de Comunicação/CFESS
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