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Impactos da crise na Seguridade Social


Data de publicação: 10 de dezembro de 2008


 

A presidente do CFESS e professora da UnB Ivanete Boschetti e Maria Inês Bravo, professora da UERJ, falaram sobre os desafios de assistentes sociais diante dos impactos da crise na seguridade social, no Seminário Nacional de Servio Social na Saúde.

 

Segundo a professora da UnB, a crise não será superada por uma regulação econômica. Diferente de outros períodos históricos, dessa vez o estado crítico provocado pela busca de superlucros, pela superprodução capitalista, levou a um empobrecimento alto e gerou uma crise estrutural do sistema capitalista.

 

"Redução de tributos e impostos e ampliação de programas sociais minimizam a crise, mas não resolvem."

 

Ivanete defendeu a implantação dos direitos sociais, como forma de promover melhores condições de vida para os trabalhadores: "Esses direitos são capitalistas, mas defendê-los não é ir contra o Projeto Ético-Político. "Todo ganho do trabalho impõe limites ao ganho do capital"."

 

Em vez de gerar trabalho com direitos, os governos implantam programas de transferência de renda, com o objetivo de garantir o consumo e viabilizar a produção. De acordo com dados de uma análise de tendência do Departamento de Trabalho e Emprego dos EUA, apresentados por Ivanete, 51 milhões de postos de trabalho desaparecerão em todo o mundo, em 2009, sendo 23 milhões apenas na América Latina.

 

Diante desse quadro, Ivanete falou dos desafios que cabem a assistentes sociais: "Não se promove a ruptura do capitalismo com o trabalho do cotidiano, mas com a participação no tensionamento das contradições do próprio sistema."

 

Politização da Saúde

Maria Inês Bravo afirmou que a lógica do mercado levou a uma diminuição do financiamento da Saúde, dentro da Seguridade Social: "Apenas a parte da Saúde que não interessa aos capitalistas é que fica a cargo do Estado".

 

 

"Há um cinismo nas críticas que acusam o SUS de não funcionar, já que na verdade ele nunca foi implementado completamente."

 

O desrespeito ao princípio da participação social no projeto de lei que prevê a implantação de Fundações de Direito Privado na Saúde foi duramente criticado na fala de Maria Inês, ao analisar a política de saúde do governo Lula. "A falta de participação de movimentos sociais na Saúde é um dos principais erros desse governo".

 

Leia também Saúde, Democracia e Socialismo

 

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