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Assistentes sociais de todo o Brasil debatem sobre os desafios da atuação profissional na assistência estudantil


Data de publicação: 22 de novembro de 2018


Mais de 300 participantes, entre assistentes sociais e estudantes, compareceram ao evento no 1º dia (fotos: Rafael Werkema/CFESS)

 

Começou hoje (22/11) em Cuiabá (MT) o Seminário Nacional O trabalho do/a assistente social na assistência estudantil, que segue até esta sexta-feira (23). O evento conta com a participação de quase 400 profissionais, dentre assistentes sociais, estudantes e profissionais de outras áreas. Quem quiser também pode assistir online, por meio do canal do CFESS no Youtube e também pelo perfil oficial no Facebook.

 

A mesa de abertura do evento contou com a estudante de Serviço Social Fernanda Versiani, da Coordenação Regional IV da Enesso. Fernanda destacou a importância de discussão da temática, diante dos progressivos cortes de recursos da política de educação, ressaltando a participação de estudantes neste debate.

 

Para  Ivna de Oliveira, representante da Abepss, o evento significa um marco no debate da assistência estudantil, na medida em que os desafios colocados para a atuação profissional de assistentes sociais passam pelo âmbito econômico, político, social e cultural, com consequências graves para toda a classe trabalhadora.

 

Mesa de abertura composta por representantes da Abpess, CFESS, CRESS-MT e Enesso

 

A presidente do CRESS-MT, Andréia Maria da Cruz, enfatizou a importância do debate sobre a assistência estudantil no estado de Mato Grosso, que ainda possui poucas instituições de ensino superior e uma maioria populacional de negros/as e indígenas, com uma grande demanda por essa política pública.

 

Quem representou o CFESS na mesa foi a vice-presidente, Daniela Neves, que afirmou o ponto central de discussão do seminário: o trabalho de assistentes sociais na assistência estudantil. Segundo ela, esta atuação é uma pratica absolutamente diferenciada e diversificada, de modo que o desafio proposto é de conhecer, situar e refletir criticamente quais os principais desafios para os/as assistentes sociais e, principalmente, as estratégias de resistência à regressão de direitos e recursos na educação brasileira e na assistência estudantil em específico.

 

Educação e Assistência Estudantil

A primeira mesa do evento foi sobre Educação e Assistência Estudantil. O debate teve inicio com a assistente social e professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece) Erlenia Sobral. Segundo a professora, são fundamentais, sempre que possível, momentos como o do seminário nacional, que ela chamou  de “suspensão da vida cotidiana’’, para pensar o nosso lugar: reflexão coletiva, com impacto subjetivo, para eliminar a solidão que podemos sentir no cotidiano do trabalho.

 

A professora da UECE Erlenia Sobral criticou o projeto Escola Sem Partido, alertando para o patrulhamento ideológico 

 

Ou seja, pensar conjuntamente estratégias que se materializem na resistência às regressões na atuação profissional. E isso se faz nas escolas, nos institutos federais, nas universidades, estes espaços históricos de luta e resistência. De acordo com Erlenia Sobral, a política de assistência estudantil foi sistematizada como tal efetivamente em 2010, com a criação do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), porém, hoje, a sinalização é de uma preocupação com os períodos que se aproximam, “diante do aumento dos projetos de desmonte dos processos de conhecimento e de perda do acesso à universidade pública”, avaliou a professora.

 

Este mesmo Pnaes, criado, para sistematizar a assistência estudantil na educação brasileira, apresenta limitações em relação a sua insegurança jurídica por ser um decreto e de sua perspectiva de focalização, e ainda assim, agora sofre processos de desconstrução de sua possibilidade e de sua potencialidade, segundo a assistente social e pró-reitora de assistência estudantil da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Erivã Velasco.

 

Diante disso, o desafio atual é criar mecanismos de resistência a partir de ideias progressistas, emancipatórias, de modo a pensar e estimular uma atuação profissional nessa direção. “Precisamos entender que a assistência estudantil não é só permanência do/a estudante na instituição de ensino. A assistência estudantil inclui ações mais amplas: é também pesquisa, ensino e extensão”, completou a professora da UFMT.

 

A professora (UFMT) ressaltou os desafios de se defender a Assistência Estudantil num contexto de ataques aos direitos sociais 

 

Oficinas simultâneas

A tarde do primeiro dia de evento foi preenchida com três  oficinas simultâneas, com o tema O trabalho do/a assistente social na assistência estudantil em debate, com objetivo de propiciar a troca de experiências e reflexões entre os participantes.  Nesta sexta-feira, o evento recomeça com mais mesas-redondas durante todo o dia, todas com transmissão online pelos canais do CFESS no Youtube e no Facebook. Acompanhe!

 

Abaixo, confira mais fotos do primeiro dia do evento e a filmagem das mesas:

 

Participante faz pergunta à mesa durante o momento de debates

 

Na parte da tarde ocorreram oficinas simultâneas sobre o trabalho da categorina na Assistência Estudantil

 

Na parte da tarde ocorreram oficinas simultâneas sobre o trabalho da categorina na Assistência Estudantil

 

Na parte da tarde ocorreram oficinas simultâneas sobre o trabalho da categorina na Assistência Estudantil

 

 

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