FSM COMEÇA COM MARCHA PLURAL
Data de publicação: 28 de janeiro de 2009
A 9ª edição do Fórum Social Mundial, ou "o Fórum da Amazônia", como vem sendo chamado por aqui, teve início oficialmente nesta terça-feira, 27 de janeiro, com a tradicional marcha de abertura, que contou com a participação de aproximadamente 70 mil pessoas, embora os números divulgados sejam controversos.
Depois da chuva das três da tarde (chuva diária neste período do ano), representações de diversos movimentos sociais tomaram as ruas do centro de Belém para marcar a resistência. Surgiram então os temas que darão o tom da programação que começa nesta quarta. Palavras de ordem gritavam em favor de um mundo plural e radicalmente democrático, sem exclusão social, economicamente justo e ambientalmente sustentável.
O trabalho foi um dos temas mais explorados na marcha. Faixas e cartazes denunciavam o trabalho escravo e a violência policial. Uma imensa bandeira avisava: os trabalhadores não podem pagar a crise. "Que paguem os patrões!", completava um estandarte improvisado. Um grande grupo exigia que o dinheiro entregue aos banqueiros fosse usado para o fim do desemprego. Manifestações criativas exigiam os direitos da mulher, a descriminalização do aborto e as livres orientação e expressão sexual.
Apesar da participação popular, integrantes de movimentos sociais sentiram falta da ênfase política presente em outras edições do Fórum. Mesmo os protestos contra o desmatamento da Amazônia – o principal motivo do FSM 2009 ser realizado no Pará – não relacionavam suas causas aos efeitos do capitalismo. O teor socialista que deu origem ao Fórum Social, como contraponto ao Fórum Econômico de Davos (na Suíça, começando nesta quarta), desta vez não apareceu com a força das primeiras edições.
CFESS-CRESS
O Conjunto CFESS-CRESS estava representado na marcha. Além das/os conselheiras/os do CFESS Sâmbara Ribeiro, Tânia Diniz, Pedro Fernandes, Kátia Madeira, Edval Campos, Bernadette Medeiros e a assessora especial Ana Cristina Abreu, também participaram conselheiras do CRESS-PA, do CRESS-ES e integrantes do CRESS-SP.
O CFESS reafirma o histórico sentido do FSM como espaço de articulação de movimentos sociais em torno da defesa de que "um outro mundo é possível", o que se torna ainda mais evidente diante da crise atual que expôs os equívocos e barbáries das orientações neoliberais.
Antes da marcha, uma reunião entre representantes do CFESS e do CRESS-PA definiu estratégias de participação no Fórum. Uma edição do CFESS Manifesta, especialmente elaborada para o FSM 2009, já começou a ser distribuída entre os 90 mil inscritos.
Clique aqui para ler o CFESS Manifesta
O Conjunto CFESS-CRESS está com dois estandes no Fórum. Eles ficam na UFPA, tenda n°2, estandes 25 e 26. Na sexta-feira, 30 de janeiro, acontecerá a mesa de discussão organizada pelas universidades UFPA, UEA, UFAM, além do CRESS-PA e do CFESS: Crítica do Progresso Linear e Questão Ecológica em Marx e Engels, com Michael Löwy, Alfredo Wagner e João Pedro Stédile.
No sábado, 31, é a vez da oficina Direitos Humanos, Trabalho e Socialização da Riqueza no Brasil, realizada pelo CFESS e CRESS-PA, com Ivanete Boschetti e Valério Arcary, sob coordenação de Rosiane Souza, presidente do CRESS/PA.
Leia o CFESS Manifesta sobre o FSM 2009
Confira a programação do CFESS-CRESS no FSM 2009
Veja abaixo as imagens do dia de abertura do FSM 2009 (Se precisar publicá-las, não esqueça do crédito: Bruno Costa e Silva/CFESS)
CFESS e CRESS-PA traçam estratégias de atuação no FSM
Bruno Costa e Silva - Assessor de Comunicação/CFESS
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