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Educação não é fast-food: envie seu recado ao MEC
Data de publicação: 25 de julho de 2011
arte: metaracomunicacao.com.br | foto estúdio faya
Neste espaço você acompanha todas as novidades referentes à campanha "Educação não é fast-food: diga não para a graduação à distância em Serviço Social", lançada em maio de 2011 pelo Conjunto CFESS-CRESS, ABEPSS e ENESSO, com apoio do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).
A campanha tem como objetivos provocar o debate público acerca da política brasileira de educação que, no ponto de vista das entidades promotoras, é profundamente mercantilizada e discriminatória, já que não garante o acesso ao ensino superior presencial, público e de qualidade para todos/as os/as brasileiros/as; denunciar os problemas e irregularidades detectados nas pesquisas realizadas pelos Regionais em diversos cursos de graduação à distância em Serviço Social; e tornar público o posicionamento de defesa da democratização do ensino, mas com garantia de qualidade na formação.
Em sua primeira fase, a campanha "Educação não é fast-food" denunciou os problemas da graduação à distância e sua incompatibilidade com o Serviço Social. Por meio de uma brincadeira virtual, o/a internauta monta seu "curso", uma analogia à escolha de um lanche fast-food. "Mas já imaginou trocar suas refeições por um lanche rápido durante quatro anos?", provoca o hotsite. Assim, comparando as aparentes facilidades do ensino à distância com um lanche rápido, mas pouco nutritivo, a campanha mostra que a agilidade desses cursos só pode ser garantida porque a graduação é realizada em condições precárias. Todos os problemas apresentados são resultados de pesquisas dos CRESS, reunidas no documento "Sobre a incompatibilidade entre graduação à distância e Serviço Social", que traz os relatórios de vários Regionais sobre suas visitas a diversos polos de instituições de Ensino à Distância (EaD).
arte: metaracomunicacao.com.br | foto estúdio faya
Nesse sentido, o CFESS lançou, ainda em maio, um manifesto que resume o histórico de luta do Conjunto CFESS-CRESS contra a precarização do ensino. O CFESS Manifesta "Educação não é fast-food" rebate os argumentos de que a campanha seria excludente e discriminatória. "Pelo contrário, nossa defesa é da democratização do acesso, pela via da igualdade de condições, pela via do reconhecimento e materialização da educação como direito e não como mercadoria", diz o documento, que também faz críticas contundentes à política de educação superior do país, ao afirmar que "em detrimento do aumento de vagas em Instituições de Ensino públicas e presenciais, ou da criação de cursos de Serviço Social nas universidades públicas que ainda não o têm, ocorre a massificação via EaD ou a utilização do fundo público para financiar bolsas de estudos nas instituições privadas, através da ampliação do PROUNI".
Agora, em sua segunda fase, a campanha possibilita que o/a internauta envie recados ao Ministério da Educação (MEC) de apoio ao movimento "Educação não é fast-food", exigindo o acesso à educação para todos/as como um direito, não como mercadoria. "Eu exijo uma educação pública, presencial, laica, gratuita e de qualidade!", diz trecho do recado. "Provocamos o debate e denunciamos várias irregularidades, diversos setores começam a se manifestar. Estamos abertos ao diálogo, mas mantendo nosso posicionamento crítico frente à política de educação do país, mercantilizada e discriminatória", afirma a presidente do CFESS Sâmya Rodrigues Ramos.
Ainda não enviou seu recado ao MEC? Entre no hotsite da campanha e manifeste seu apoio à luta pela educação presencial, pública, gratuita, laica e de qualidade
Link para envio de recado ao MEC
EaD também é motivo de preocupação para outras profissões
A área da saúde, pelas suas peculiaridades e características de integração com o ser humano, também não se identifica com a modalidade de ensino à distância. Isso segundo o relatório final do 1º Seminário de EaD da Área da Saúde, realizado em março de 2011, pelo Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde (FCFAS ou Conselhinho), que representa os quatorze Conselhos da Área: Biomedicina, Biologia, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutricionistas, Psicologia, Odontologia, Serviço Social e Técnicos em Radiologia.
O documento comprova que outras profissões também estão preocupadas com os problemas relacionados ao EaD e reafirma a unidade de posicionamento contrária à implementação de cursos de graduação à distância na área da saúde. "Esse posicionamento foi formulado para assegurar uma educação superior de qualidade na área, caracterizada por um processo formativo voltado para os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e para a indissociabilidade de ensino pesquisa e extensão", diz o relatório.
Entre no hotsite, conheça a campanha, monte seu lanche e manifeste seu apoio à luta pela educação presencial, pública, laica e de qualidade. Você terá acesso também ao histórico e a todos os documentos que embasam nosso posicionamento!
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